pONTO DE vISTA – NÃO DESCEU DO PALANQUE…

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O presidente Jair Messias Bolsonaro, eleito em 2018 e empossado a 01 de janeiro de 2019 para o comando maior do Brasil (Presidente da República) pelos próximos quatro anos, é um político que gosta do confronto como instrumento de manter-se na mídia.

Tornou-se presidente pela força de um trabalho nunca antes visto nas redes sociais e tem mantido o mesmo tom, a mesma tropa de choque, buscando destacar-se sem a necessidade de usar as redes de televisões, os jornais e as rádios tradicionais do país. Antes, tem feito acusações aos jornalistas em geral e se negado a participar, por mais de uma vez, de qualquer veículo noticioso que pretenda antecipar qualquer visão de governo dada por ele.

É um líder belicoso, senão polêmico, não aceitando nem mesmo os que ele nomeia e o elogia, se a mídia da qual é antagonista descobre e promove estes nomeados. Demonstra um ciume doentio pelo poder, pela liderança, já tendo exonerado importantes quadros de seu ministério inicialmente indicado, somente para, além de manter o clima de confronto, isolar-se na área de comando.

Para manter sua base sempre atenta na ação política, empreende através das redes sociais e sob a pseudo-liderança de blogueiros uma acirrada campanha contra a Câmara dos Deputados e Senado (Congresso Nacional) e o STF- Superior Tribunal de Federal, assim como mobiliza a centena de pessoas a participarem de carreatas e manifestações na Praça dos Três Poderes em Brasilia, justamente contra os outros dois poderes de equilíbrio da república democrática.

Na verdade Jair Bolsonaro não desceu do palanque. Continua como se estivesse em plena campanha eleitoral, alimentando a seus colaboradores com novas frentes noticiosas nas redes sociais.  Ele mesmo e os próprios filhos, seus principais articulares midiáticos, fazem uso das ferramentas disponíveis na internet para movimentarem o universo da informação e não deixar que o presidente saia dos holofotes.

Será que Bolsonaro terá capacidade de, dentro do turbilhão de incertezas geradas com sua convivência belicosa, continuar os confrontos por ele propostos e sobreviver aos ataques que agora, mais do que antes virão, devido a denúncias levadas tanto ao Senado quanto ao Supremo?

Vamos ver.

 

 

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