A SAGA DE “SEU” ALCIDES

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Histórias são contadas por toda parte. A minha história tem um protagonistas destacado na humildade e na dedicação. É um criador e formador de homens e mulheres de sucesso.

Alcides é natural do interior da Bahia, do distrito de São João, município de Cristópolis, cidade servida pela BR 242, região do Extremo Oeste Baiano, da micro região de Cotegipe, onde nasceu em 1937, filho de Martinho Pereira de Santana e de dona Ana Conceição de Jesus, fazendeiros da localidade. Alcides foi o único filho homem do casal.

Começou a vida de luta pela sobrevivência muito cedo. Ele conta que aos oito anos já acompanhava seu pai, por ser o filho homem era levado para os negócios de compra e venda de burros, de pinga, de farinha e rapadura realizados pelo “seu” Martinho.

Cresceu ligeiro e aos dezesseis anos já ia para os bailes da região, bem montado em burro bom, amansado por ele mesmo e com dinheiro no bolso. “Leva este dinheiro, meu filho, e pague o sanfoneiro, se o Sebastião não tiver”, dizia Martinho, o pai incentivando o filho naquele sertão bruto do oeste baiano. Assim, não deixando a festa parar, foi que Alcides ganhou o mundo.

Em 1955, com dezoito anos, descobriu a moça mais bonita e instruída da região e seu pai, bom negociante, tratou logo de negociar o casamento do filho com a jovem Ermita Macedo, filha de negociante comprador de suas mercadorias em Cotegipe. Casaram-se naquele mesmo ano.

Os filhos foram nascendo e Alcides e Ermita acompanharam o movimento político de renovação, imposto pelo Regime Militar de 1964, liderando a transição e abrindo Cotegipe para a nova realidade nacional. Como prêmio pelo trabalho, o governo da Bahia o nomeou Juiz de Paz da localidade, cargo de ocupou por mais de dez anos, sendo o ponto de apoio para as iniciativas políticas dos Magalhães na micro-região de Cotegipe.

O casal Alcides e Ermita tiveram doze filhos, sendo seis homens e seis mulheres, tendo a infelicidade de perderem um deles, já com 12 anos de idade, vítima de meningite meningocócica. Os demais acompanham o casal patriarca até hoje, acrescidos de sobrinhos e netos.

A criação dos filhos foi uma verdadeira saga que teve início em Cotegipe vindo para Barreiras, passagem rápida por Brasília para, definitivamente, a partir da década de 1980, se fixarem em Planaltina, aonde Alcides ainda exerceu por mais de quatro anos a função de Juiz de Paz. “Os meninos” como Alcides diz, ocupam as mais diversas funções públicas e privadas no município.

Corretores e administradores de imóveis, servidores públicos, professores, militares, advogados, engenheiros, médico, dentista estão entre os filhos e netos que fizeram da nova Planaltina sua terra natal, graças ao incansável trabalho de “seu Alcides e dona Ermita, os precursores dos Macedo em Planaltina.

Alcides e a inseparável esposa Ermita. “Já comemos um saco de sal juntos”, diz o pioneiro da nova Planaltina.

 

 

A família Macedo de Santana reunida em Planaltina em 2018.

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