Período marcado pelo pós-guerra, a arte contemporânea trouxe uma verdadeira revolução para a expressão cultural global e permitiu a adaptação de diversas peças distintas, combinando elementos clássicos com novos estilos, visuais, conceitos e estéticas. A tendência, que apresentou o Pop Art e o minimalismo para o mundo, destacou-se pela grande aproximação com públicos atuais e a maior capacidade de interação já vista no meio artístico.
Conheça abaixo algumas das peças que mais definiram o nascimento e ascensão da arte contemporânea e descubra como suas simbologias foram interpretadas para darem vida a conceitos modernos.
Famosa peça Pop Art do artista Andy Warhol, Latas de Sopa Campbell simboliza a cultura consumista norte-americana e a relevância dos meios de comunicação na propagação de produtos mercantis. Através da repetição do objeto, o material julga os exaustivos ciclos produtivos e a lógica capital por trás do excesso.
2. Maman, de Louise Bourgeois
Inspiração para vários conceitos de ficção científica, a aranha gigante de Louise Bourgeois, apresentada em 1990 nas ruas norte-americanas, é uma escultura íntima e simbólica. A peça, com versões de até 30 metros criadas em uma gama diversificada de materiais, é uma homenagem à mãe da artista, que morreu quando Bourgeois tinha 21 anos.
3. Eu Ainda Encaro Você, de Njideka Akunyili Crosby
Com ampla experiência cultural, a nigeriana Njideka Akunyili Crosby une projetos conceituais com traços tradicionais e cotidianos. Em Eu Ainda Encaro Você, é possível observar cenas e mosaicos se estendendo para duas mulheres africanas, à medida que a expansão das raízes contrasta com reflexos brilhantes e pessoas de menor destaque.
4. Garota com Balão, de Banksy
Produzida pelo icônico artista de rua londrino Bansky, Garota com Balão é uma comunicativa obra que revela um contraponto com as cinzentas paredes inglesas. A produção surgiu em 2014 durante a crise dos refugiados sírios e se repetiu em várias cidades, reforçando o apoio a campanhas políticas e causas humanitárias.
5. Olhe, Mickey, de Roy Lichtenstein
Considerada uma das obras pioneiras do Pop Art, Olhe, Mickey consagrou Roy Lichtenstein, que desenvolveu sua própria assinatura em estilo cartum para dar vida não somente a personagens, mas a elementos de cena — como o balão. O trabalho, realizado sobre uma cena já existente, foi classificado como insulto às artes plásticas, mas abriu portas para novos padrões dialógicos nos quadrinhos.
6. Bola Florida, de Takashi Murakami
Bola Florida, de Takashi Murakami, é uma obra que representa o universo 2D japonês, inspirado em produções clássicas de anime e mangá da década de 1990 e início dos anos 2000. Integrante do movimento “superflat”, o projeto defende um legado histórico do país e aborda a sociedade do pós-guerra, com destaque para a euforia e revolução perceptiva.
7. Porta 84, de Dorothea Tanning
Com traços soltos, dinâmicas vivas e uso de técnicas de aquarela, o quadro Porta 84, de Dorothea Tanning, marcou o início do surrealismo figurativo em composições mais abstratas. O material apresenta um diálogo mental onde a única coisa que tem molde concreto é a porta, já que pensamentos e o contraste entre as duas mulheres — ligadas pela sola do pé — mostram um conflito aparente com predomínio de cores quentes.