AUTORIDADES OMISSAS?
O problema no transporte de passageiros de Planaltina a Brasília e vice verso não é coisa de agora, data de quando o poder público municipal resolveu financiar uma ação de retaliação popular contra a empresa que detinha o controle dos serviços, a Rápido Planaltina, sob a justificativa de que combatia-se o monopólio daquele grupo empresarial, o Grupo Amaral.
Naquela infeliz iniciativa vinha a ideia de que seria possível criar uma cooperativa com motoristas independentes (um sistema cooperado) ter muitos ônibus, até mais de uma cooperativa, oferecer ótimo trabalho e a preço baixo, já que não teriam a figura do motorista e do cobrador empregados. Foi um desastre completo. Dentro de um ano não havia mais a ideia de cooperativa e três pequenas empresas desorganizadas ocuparam as linhas que tinham sido depredadas, sem nenhuma condição de manterem os serviços a um nível razoável para atender minimamente a população.
Hoje o problema é continuidade daquele que, desde então, é usado por políticos sem escrúpulos do município que, mesmo sabendo que não tem alcance legal para resolver a questão, usam o problema para, mentindo para a população, ganhar votos e não trabalhar para buscar a solução definitiva.
Agora o problema alcança um nível de preocupação tal que, a empresa detentora da concessão das linhas para Brasília, preocupada com possível depredação, conseguiu Liminar que a protege frente à animosidade dos usuários, irritados com a autorização de aumento no preço da passagem.
O que se vê e sente é uma ausência inexplicável das autoridades, deixando inclusive espaço para que o Procurador do Município agrida um líder comunitário que há tempo manifesta – se e convoca a q população para buscar melhorias. Onde está o Ministério Público? Será que quem deve defender o povo está se acovardando, (tanto no Judiciário quanto no Legislativo) e deixando tanto o cidadão trabalhador que precisa do transporte quanto o empresário que precisa de lucro em suas atividades, sem as respostas necessárias?
Enquanto isso, assiste-se o definhar da capacidade da empresa que reflete no mau serviço oferecido à população, sabendo-se que a única alternativa é o subsídio da passagem mas, por antipatia ao atual proprietário da concessionária deixa toda população prejudicada.