Prédio recém inaugurado do Ministério Público em Planaltina
As ações politiqueiras (não confundir com ações políticas) levam a quem está governando invariavelmente, a situação pouco recomendável para quem está no comando e portanto, com o poder de decisão.
Imagina o prefeito e vereadores de sua base de apoio recorrendo ao Ministério Público para pararem um serviço privado, de concessão pública federal, que entenderam não estar servindo à população! É, no mínimo, risível.
Pois bem, explico. Uma empresa de transporte coletivo interestadual, a Amazônia Inter servindo ao município de Planaltina, que não dispõe de serviço de transporte urbano, estando a empresa portanto, obedecendo a determinações da ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre – e, frente à inúmeras dificuldades conhecidas para atender seus usuários, cria um sistema de integração em seu próprio transporte onde, com seu próprio recurso busca seus usuários nos bairros periféricos para depois transporta-los para seu destino final, qual seja, levá-los para o trabalho e depois, no final do dia, retorna-los a suas residências. E mais, sem cobrar a mais pela passagem determinada pela ANTT. Simples assim.
Não fosse a ausência de paradas de ônibus que, diga-se de passagem, salvo contrato do município com empresa de circular de transporte coletivo na cidade (que não existe) fosse a responsável pela construção das paradas, é obrigação do poder público municipal construí-las.
Pois bem, depois de vinte Considerandos o MP, orientado pelo prefeito e seus acompanhantes, resolveu sugerir à empresa, suspensão do serviço de integração, não sem antes ameaçar o empresário gestor com sanções judiciais e extra judiciais, caso não suspenda os serviços dentro do prazo de 30 dias.Convenhamos que ainda existem dúvidas sobre os benefícios que o serviço de cartão de embarque, tudo informatizado, também implementado pela empresa, pode trazer para o usuário; pode ser discutido e adequado às condições do município mas, inviabilizar o serviço de integração, mesmo que provisório, é prejudicar frontalmente a grande maioria dos passageiros do transporte Planaltina a Brasília e vice versa, sabendo que o contrato da empresa com a ANTT é efetuar o transporte de rodoviária (Planaltina) a rodoviária (Brasília).
Para fazer política pública o prefeito teria que assumir a responsabilidade de construir os abrigos para os passageiros e, assim não prejudicá-los quanto a integração do transporte, do contrário ficou a politicagem que, como já dissemos, dá um tiro no pé de quem está no poder, pode resolver mas não resolve, quer aparecer.