INDO PARA CRISTÓPOLIS
*Cerca e porteira usadas nos anos de 1950/1960 no interior do Brasil permanecem até hoje.
Um casal octogenário, pais de 11 filhos vivos, com 70 anos de casados, originários de municípios vizinhos no estado da Bahia, depois de mais de quarenta anos trabalhando (com sucesso) para criarem os filhos e fazerem fortuna em Planaltina, retornaram para visitar suas terras de origens, quais sejam, as propriedades rurais e os casarões centenários de onde se mudaram ainda jovens.
*Dona Ermita, Alcides e a filha Cleide saindo da Igreja de Santa Terezinha no Bairro Santana em Cotegipe.
Distante de Planaltina, cidade goiana, cerca de 800 quilômetros, os municípios de Cotegipe e Cristópolis, este originário do antigo e grande município de Angical no agreste do noroeste baiano era o objetivo de nossa caravana, composta pelo casal Alcides Pereira de Santana e Ermita Macedo de Santana, duas filhas do casal (Cleide e Dulcelina) e eu, genro, este jornalista Nio de Pádua, partimos na manhã do dia 11, (quinta feira), de setembro, rumo ao nosso objetivo. O veículo que nos servia: um Jeep, Modelo Renegade, Ano 2013 com bagageiro lotado, dirigido por Cleide Macedo, única motorista aceita pela matriarca, dona Ermita, dentro de nossa equipe.
*O Jeep em nossa primeira parada na BR 020, logo depois do Povoado de Bezerra, distrito de Formosa-GO.
Viajando rumo Leste pela GO 430, com o Sol nascendo com força à nossa frente, alcançamos Formosa antes das 5h da manhã e começamos a virar para a direção Norte/Nordeste logo às 5:30, já na rodovia BR 020, batizada Rodovia Juscelino Kubitschek, passamos pelos povoados Bezerra e JK (Pé da Serra), pela cidade de Vila Boa de Goiás rumo a Posse, última cidade goiana, antes de alcançarmos o Posto Rosário, distrito de São Desidério, cidade baiana, povoado Primavera do Leste, Km Zero da BR 020, já no chamado Chapadão Baiano, região de grandes fazendas e orgulho do agro brasileiro.
*Caminhão de carga é o veículo que mais está presente na estrada.
Daí dona Ermita e “seu” Alcides veriam em que foi transformado o cerrado do noroeste baiano: um dos maiores produtores de grãos do país, o maior produtor de algodão da região, grandes armazéns tanto a esquerda quanto a direita da BR 020, pivôs gigantes plantados na imensidão das terras trabalhadas e um trânsito intenso de máquinas e caminhões servindo ao trabalho da agricultura de milhares de hectares de terra produtiva, antes, no início da década de 1980, quando ali passaram rumo a Brasília, era um cerradão, até então sem gente e sem tecnologia capazes de explora-los; hoje são cidades e povoados que brotaram fortes como a forte agricultura, modificando por completo aquela região.
*A camioneta e a carga de algodão na lavoura. Dá para mensurar a diferença de tamanho do caminhão que transporta o algodão para o da camioneta, o veículo do produtor.
*Outra carga de algodão exposta a margem da BR 020.
*Um dinossauro? Sim, uma réplica perfeita. A produção agrícola permitiu iniciativas diferentes às margens da estrada.
Certamente que os viajantes Ermita, Alcides, Dulcelina, Cleide e eu admirá- vamos a cada quilômetro de estrada, ao mesmo tempo em que ansiávamos por chegar ao interior baiano histórico de Barreiras, Angical, Cotegipe, Baianópolis, Cristópolis e mais fundo, em São João, localidade de origem do casal razão da especial viagem. Chegamos a Roda Velha, novíssimo aglomerado urbano que nos últimos dez anos alcançou status de cidade, ultrapassando os 15.000 habitantes com estrutura hoteleira grande, atendimento a todos tipo de demanda vindo da produção agrícola. Paramos ali para nós abastecer de água, deixar o casal Ermita e Alcides se esticarem um pouco, fazermos as necessidades fisiológicas e, quinze minutos depois estávamos na rodovia.
*Foto de uma parede do local onde fizemos parada em Roda Velha, dá para mensurar a diversidade de visitas na localidade.
Rumo a Luiz Eduardo Magalhães, cidade/município baiano emancipado de São Desidério, antigo Posto Mimoso, fenômeno de desenvolvimento populacional, organizacional e de produção agrícola na região, na Bahia e quiçá, nacional. Passamos pelo meio da cidade e pudemos admirar os prédios, as passarelas e o trânsito intenso, denotando a riqueza do agro local, que sustenta o sonho das muitas famílias sulistas que ali aportaram há pouco mais de trinta anos para plantarem um novo momento para aquele sertão da Bahia, alimentando, efetivamente a produção agrícola e irrigando a economia nacional.
*Prédios em Luiz Eduardo Magalhães. Passamos ao longe.
Dona Ermita Macedo, viajando sempre no banco dianteiro do passageiro, observava a estrada e comentava sobre as mudanças, lembrando que a frente, em Barreiras, depois de pouco mais de uma hora dali, chegaríamos na Casa do Rio – Restaurante e Pousada onde uma sua prima, Noêmia, a esperava para saborearmos um peixe frito, tomaríamos uma cerveja gelada e molharíamos os pés no Rio de Ondas. Já eram 12:40h, e Cleide imprimia velocidade tranquila sob a supervisão de sua mãe, motorista aposentada, que não admitia velocidade acima dos 80km.
*Cansados, mas inteiros, depois das 14:00h, chegamos ao Rio de Ondas.
*Na Casa do Rio, dona Ermita e Noêmia abraçadas.
*Dona Ermita tranquila, tomava sua cerveja. Alcides um pouco mais cansado esperava o peixe. O casal que morou bom tempo em Barreiras, já se sentia em casa.
Teríamos ainda que sair do vão do Rio de Ondas e alcançar o platô, rumo a Chapada Diamantina e, antes dela, chegarmos a Cristópolis, cidade á margem direita da BR 135, a, aproximadamente, 70 quilômetros a Leste de Barreiras, município originário de Angical, terra natal de Alcides Pereira de Santana, onde hoje, na região de São João, estão os restos mortais do senhor Martins Pereira de Santana, pai de “seu” Alcides e sua mãe Ana Conceição Pereira de Jesus Santana, assim como também os de seus avós, Merquides de Souza Santana e Maria de Jesus Santana. Chegamos ao povoado de Água Doce, município de Cristópolis logo após as 17:00h e fomos recebido por Valdeci Pereira da Silva, sobrinho de Alcides e com ele fomos para as proximidades da localidade de São João, Taboquinha, onde nasceu Alcides a 10 de março de 1937. Taboquinha é residência de outros sobrinhos de Alcides, inclusive do casal Elita Barbosa de Souza (Elitinha) e Lindomar de Souza Soares que nos receberiam em sua casa e onde ficaríamos por dois dias, oportunidade em que o casal visitante receberia mais de duas dezenas de parentes. Casais que, parentes longe entre si, casaram-se e permaneceram na localidade criando gado, porco, cabrito (ovelha, dizem), plantando cana de açúcar, mandioca, frutas e fazendo cachaça, permitindo-lhes manter família de dois, três e até quatro filhos que, adultos vão em busca de trabalho na região e até em Brasília, voltando mais tarde a suas origens como foi o caso de Valdeci.
*Na casa de Lindomar e Elitinha, visitas para Alcides e Ermita.
Na localidade de Taboquinha, hoje no município de Cristópolis, antes Angical, Alcides e Ermita iniciaram suas vidas de casados em 1955, completando este ano “Bodas de Vinho”, os 70 anos de casados. Ermita com 17 anos foi levada de Cotegipe para a fazenda São João e casada com Alcides. Depois de se casarem na Igreja de São João Batista, até hoje existente, distante a uns quatro quilômetros da residência de Lindomar e Elitinha, construíram a primeira casa que já não existe mais e a área, próxima a casa da fazenda do casal que nos recebeu, virou pastagem e não tem nem sinal dos esteios que sustentaram a pequena casa de taipa, local onde nasceram os quatro primeiros filhos do casal. Olindina, a Dina, a primeira e Jucelino Macedo de Santana (*1958 + 2024) que trabalhou e fez fortuna em Planaltina, sendo o segundo da prole, e que recebeu o nome do presidente da República da época, Juscelino Kubitscheck de Oliveira, o JK, que estava em meio a maratona da construção de Brasília, o terceiro Ernesto e o quarto Francisco quando mudaram-se para Cotegipe, município de origem de dona Ermita.
O casal que nos recebeu com carinho Lindomar e Elitinha, depois Dulce e ao fundo Alcides e Ermita.
*Gado de corte faz parte da produção de Lindomar, base da economia da família.Pastagem no local da primeira residência de Alcides e Ermita.
No segundo dia fomos visitar o local da antiga moradia de Alcides, mais precisamente, a morada do menino, depois rapaz, Alcides, a casa de seu pai Martins. O local está marcado por imensas e velhas mangueiras, uma capela e o cemitério onde estão sepultados os restos mortais de Martins, de seus pais (avós) de Alcides e outros parentes deles. A casa não existe mais, foi derrubada para dar lugar a pastagem mas, nas imediações, distante dois quilômetros, mais ou menos, da casa de Elitinha e Lindomar, muitos parentes estão a cultivar a terra, plantando mandioca, fazendo farinha e produzindo cachaça. A família, os parentes de Alcides continuam ali.
*A cana de açúcar colhida e trabalhada para ir para moagem
*O alambique artesanal. Cachaça dos Pereira, da Taboquinha, é de qualidade reconhecida.
*Dona Ermita, as filhas Dulce e Cleide e Alcides entre os parentes na fábrica artesanal de farinha de mandioca.
*O casal “seu” Lourenço e dona Perolina. Ele primo primeiro de Alcides, nos receberam em sua ampla cozinha.
Nas imediações da capela, onde estão sepultados os ancestrais de Alcides, além de Lourenço, primo primeiro de Alcides, quase de sua idade e dona Perolina, esposa de Lourenço, outros casais de parentes próximos dos Pereira de Santana ou Pereira dos Santos como: Adelino e Maria, do alambique; Sivaldo e Santina, da fábrica de farinha e Domingos e Vanilda vizinhos de parede da Capela. E ainda estão na vizinhança, mais próximos da casa de Lindomar e Elita, seu genro Professor Adelson e a esposa, a filha, Solange. Para fazer um almoço e trazer carne de porco para Planaltina, Lindomar chamou Francisco, seu vizinho, que foi até a propriedade de Valteir, tendo Valdeci como guia, onde mataram um porco novo, castrado, que foi entregue limpo e devidamente esquartejado. Eram os Pereira de Santana ou Santos trabalhando, negociando entre si e cultivando a essência da cultura naquela localidade.
*Serviço coletivo instintivo para concluir serviço em pouco mais e uma hora. O garoto de dez anos assessora a o pai, Valteir, quem vendeu o porco.
RUMO A COTEGIPE
Dona Ermita Macedo é natural do município de Cotegipe. Município criado em 1925, hoje (14/09/), com, aproximadamente 13 mil habitantes, para onde nos dirigimos, descendo do platô onde está Cristópolis e indo para a planície abaixo uns 200 metros, rumo Norte, distante cerca de 20 quilômetros de Cristópolis, antigo distrito de Angical. Dona Ermita é filha de Francisco Nunes dos Santos e de Joana Macedo dos Santos, nascida a 18 de outubro de 1937. Cotegipe foi o município que recebeu o casal Alcides e Ermita como segunda residência. Era Ermita que retornava a sua terra com seu marido. O casal já era pai de quatro filhos e esperando o quarto herdeiro. Sairam do interior, da roça de São João e foram em direção ao centro urbano mais próximo, Cotegipe, local de nascimento de Ermita. Era início da década de 1960. O casal se fixaria como pequenos comerciantes nas proximidades da feira livre com negócio de secos e molhados, que era administrado por dona Ermita, também professora municipal, enquanto Alcides mantinha sua produção de cachaça lá na região de São João, ainda Angical, transportando a cachaça, farinha e outras mercadorias para o comércio em Cotegipe, negociando e ampliando suas propriedades de terras. *Praça da Bandeira em Cotegipe, local onde dona Ermita foi criada, onde estudou e que voltou casada para morar nas proximidades
Ermita continuava sua sina de ser mãe e de ter um filho a cada ano. Lá faleceu Francisquinho mas, em Cotegipe nasceram Ana, Edson, Cleusa, Cleide, Dulcelina e Edneuton enquanto o comércio e os negócios evoluíam. Em 1964 veio o regime militar tomando o poder e Alcides já estava envolvido com os negócios e com os Magalhães, as novas liderança baianas e Ermita já foram criada por uma família de mandatários da localidade: Capitão Chicote e dona Lió. Em 1968 Alcides foi chamado a exercer o cargo de Juiz de Paz em Cotegipe. O cargo com o aval do governo em Salvador conferia uma autoridade especial, devido a força do novo governo ditatorial brasileiro. A liderança de Alcides fortalecida naquele tempo repercute até hoje e a cidade reconhece. O bairro de Santana, onde está a Igreja de Santa Terezinha, foi uma das muitas iniciativas do Juiz de Paz Alcides Pereira de Santana. Cotegipe buscava sua independência e Alcides e Ermita participavam ativamente do movimento.
*Felicidade e Ermita (centro) cumprimento de amigas da época de garotas em Cotegipe. As duas viveram com os Chicote na década de 1940.
Em Cotegipe fomos nos hospedar na casa de “tia” Edite, irmã de dona Ermita, viúva, que sempre tem um lugar para acomodar os parentes que muitos, chegam de vez em quando. Além dela, dona Ermita tem em Cotegipe a irmã mais nova da prole Elita, xará mais velha da prima Elitinha de Taboquinha e os irmãos Nilton (Rolinha) na cidade e Milton, Dilton e Nozinho na zona rural.
Cleide visitando a Neide prima, filha de tia Edite.
Muitos sobrinhos na cidade e em diversos lugares do município, inclusive Neide, filha e companheira de tia Edite. Na cidade dona Ermita visitou a igreja de Santa Cruz na Praça da Bandeira, próximo ao casarão dos Chicote (Dona Lió e Capitão Chicote) onde Ermita chegou aos doze anos e só saiu para casar-se com Alcides, lá na Igreja de São João, na Ribeira, em Angical naquela época de 1955. “O casarão de “Madrinha Lió” está abandonado e dizem que seus filhos, herdeiros, não querem nem saber”, comentou dona Ermita observando o abandono da casa onde só havia felicidade, barulho, festa e vida há 70 anos atrás.
*O casarão dos Chicote, hoje abandonado, onde dona Ermita viveu a adolescência orientada por sua madrinha Lió e a companhia da amiga e ama, dona Felicidade.
Em frente a Igreja de Santa Cruz, nos pés da grande cruz de madeira existente, pagando uma promessa feita por dona Ermita, acendemos velas que o vento, em meados de setembro, quase não as deixam acesas. Na mesma praça onde está o Cartório de Registros, Cleide e eu ficamos por mais de duas horas. Ela buscando documentos de propriedades da família no município e eu, visitando a biblioteca pública municipal Professora Maria Joaquinita Wanderley Silveira Sardeiro, onde descobrimos o trabalho destacado trabalho de escritores cotegipenses, dentre eles: Marcos Alberto de Souza Oliveira, Claudineres Mota Nunes e do já consagrado Alberto Mariani. Tudo reunido em casarão antigo mas, conservado e cuidado por funcionária readaptada da Secretária Municipal da Educação.
*De frente a Igreja de Santa Cruz o cumprimento da promessa de dona Ermita.
Fomos ao interior do município na fazenda de Valdeci Macedo de Santana, um dos muitos sobrinho de dona Ermita e este, também sobrinho de Alcides que, vive nos mesmos moldes dos moradores de Taboquinha, lá em Cristópolis. Ali próximo era a sede de grande fazenda da família de dona Ermita, local onde o casal viveu por mais de cinco anos. Hoje são pequenas propriedades que produzem de um quase tudo. A água de poço artesiano, também é captada e depositada nas muitas chamadas cisternas na época da chuva e famílias relativamente pequenas, vivendo em região de seca intensa tanto em Cotegipe quanto em Cristópolis, Angical, Wanderley e toda a região abaixo do Chapadão Baiano. Dona Ermita estava na sua região e em meio aos sobrinhos e sobrinhos netos, muitos dos quais nasceram na época em que ela e Alcides ainda moravam em Cotegipe.
*Na sede da propriedade onde Valdemir Macedo de Santana administra. Eu, Valdemir, Dona Ermita, Alcides, Nozin e um rapaz filho da fazenda. A internet funciona bem em toda região.
*Alcides e os sobrinhos dele e de dona Ermita, inclusive Valdeci, proprietário da fazenda, deitado na rede.
Alguns erros de endereço por orientação que Nozin, irmão caçula de dona Ermita, que nos levou à fazenda administrada por Valdemir, quando íamos em busca da fazenda de Valdeci e depois um dia de descanso, com todos os parentes juntos, com boa comida (carne de bode) e cachaça de qualidade e estávamos prontos para retornar a cidade onde chegamos já a tardinha, e encontramos as casas de tia Edite e de Neide cheias de novos parentes, alguns indo de Brasília para lá. Tia Edite aniversariava (16/09/1940 ela nasceu) e recebia muitos parentes para os parabéns. E lá chegaram as filhas, irmãs, netos, netas, bisnetas, sobrinhos e sobrinhos, além de muitos conhecidos para celebrarmos os 85 anos de tia Edite.
*Os Macedo reuniram-se em torno da matriarca de Cotegipe, Dona Edite que completou 85 anos a 16 de outubro.
Dona Ermita e Alcides vendo a casa cheia, foram pernoitar na residência da irmã mais nova de Ermita, casa, chácara de Elita e Aparício, localizada a sudoeste da cidade, amanhecendo toda picada de muriçoca. Isso, na noite de 16 para 17 de setembro, justamente na noite de aniversário de dona Elite. Perdeu a festa e ainda dormiu mal. Alcides estava calado mas, também não gostou de amanhecer se coçando devido a picadas dos insetos.
*Eu, Cleide, Zetinho e dona Ermita, que convidara Zetinho até a casa de Elite para falar de negócio de terra.
Estávamos, depois da ida à roça de Valdeci Macedo, já nos preparando para pegar a estrada com o carro cheio de coisas da roça: carne de porco, carne de bode, côco da Bahia, e todo tipo de guloseimas para consumo na estrada. Saimos na quinta-feira (18/09), justamente uma semana depois da chegada. Retornamos à BR, alcançamos Barreiras, pensamos em passar por São Desidério, alternativa para alcançarmos Roda Velha mas, fomos rumo a Luiz Eduardo Magalhães.
*Rumo ao Planalto Central. Estrada quente e muito movimentada.
Estrada muito movimentada e quente, adornada por ipês amarelos e por algum risco de fumaça que cortava os céus. Chegando em Formosa uma chuva mansa rompeu o deserto, lavou o carro e molhou fartamente o asfalto. Já passava das 15:00h quando chegamos em Planaltina. Dona Ermita e Alcides cansados mas, felizes do giro a suas terras de origens.
*No cerrado seco a flor amarela do ipê do cerrado ou caraíba.
*Caminhões e mais caminhões nas retas quilométricas da rodovia BR 020.
*Nas matas de galeria o ipê amarelo pinta com força a paisagem ainda acinzentada da seca às margens da Rodovia JK.