Negão puro sangue, Hélio nunca se casou e desconversava quando um amigo lhe receitava um casamento, mesmo tendo muitas admiradoras.
O pintor de paredes, funcionário público municipal por mais de duas décadas em Planaltina, Hélio Cantilo, conhecido Hélio Pintor, natural de Brasília, mais precisamente do Núcleo Bandeirante, da Vila do IAPI, onde nasceu a 20 de março de 1964, faleceu ontem 25/10, vítima de complicações gerais, depois de mais de dois anos lutando contra sérias complicações de saúde, especialmente diabetes.
Hélio era um lutador pela cultura em geral e sua atividade profissional como pintor de paredes, sustentava os seus: irmãs e sobrinhos os quais tinha como filhos e ainda seus projetos pessoais de enfeitar ruas para as datas comemorativas como: aniversário da cidade, Carnaval e Copa do Mundo de Futebol, com o verde amarelo onde quer que estivesse. Era um decorador nato.
Tricolor orgulhoso, ostentava a camisa do Fluminense e achava bom quando alguém lhe chamava pelo nome do time carioca.
Chegou a Planaltina no início da década de 1980, depois de morar com os pais em Sobradinho e Planaltina-DF, de onde veio para fixar raízes e ajudar a gurizada da família que nasceu aqui. Perdeu os pais aqui na cidade em 1987 (ano de fundação deste jornal) os quais foram sepultados lá no DF e manteve as irmãs e os sobrinhos como se seus filhos fossem aqui em Planaltina/GO. “A cidade que ele amava de coração”, disse uma de suas filhas/sobrinha. Tricolor (fluminense) que ostentava a camiseta pó de arroz com orgulho, era um apaixonado pelo Carnaval e deixava sua marca, seus traços inconfundíveis de folião decorador por onde passava nos salões e ruas de Planaltina, quando chamado a decorar as festas de Momo.
Batuqueiro dos bons, quando curtia um pagode, gostava do pandeiro na roda de samba.
Lá se vai mais um guerreiro que cumpriu com louvor sua passagem aqui por Planaltina, deixando seu legado de trabalho, inclusive, sobrinhos, profissionais respeitados em sua profissão. Por ter um jazigo familiar em Planaltina-DF e ter familiares ainda naquela satélite, foi sepultado no Cemitério Campo da Esperança, de Mestre d’Armas, cercado de amigos e junto com seus pais e irmãos, que ali já estão sepultados. Deixa muitas saudades e a arte mais pobre por estas bandas. Nosso sentimento de que o boêmio e pagodeiro deixou muitos orfãos de pai pelo seu caminho e vai colorir as nuvens ao entardecer e acender mais uma estrela no céu de lua clara. Pesar é o sentimento planaltinense. Que Deus lhe dê o lugar que os bons destacados merecem.





