Regiões fora do centro do Distrito Federal reservam riquezas que merecem ser conhecidas e apreciadas por brasilienses e visitantes
Mesmo que muitos ainda atribuam os pontos turísticos brasilienses apenas à área central, as riquezas históricas e culturais da capital federal se expandem para as regiões administrativas, onde a história candanga também pulsa.
As regiões administrativas do DF são ricas em belezas naturais e repletas de atrativos turísticos. É o caso da cidade mais antiga do Distrito Federal, Planaltina. Com 162 anos, o local abriga diversos pontos turísticos, como o Centro Histórico, o Museu de Planaltina, a Pedra Fundamental, o Morro da Capelinha e o Vale do Amanhecer.
“Planaltina tem um potencial muito grande para o turismo”, explica o chefe de gabinete da administração da cidade, Paulo Henrique Couto Cabral. “Fora da pandemia, recebemos, por ano, 150 mil pessoas para acompanhar a via-sacra no Morro da Capelinha. O Vale do Amanhecer é o segundo ponto religioso mais visitado no DF, atrás apenas da Catedral. Na última vez que contabilizamos, fechamos um milhão de turistas por ano.”
Acostumada a receber turistas ao longo do ano, a região prepara melhorias para os pontos turísticos em 2022. Há um projeto para construção de um centro cultural e de lazer para atender os visitantes da Pedra Fundamental. Outras duas praças serão reformadas – uma nas proximidades do Museu de Planaltina e outra próxima à centenária Igreja de São Sebastião.
“Estamos nos preparando para conseguir executar todos os eventos turísticos, que fomentam a comunidade financeiramente, culturalmente e até psicologicamente”, completa Cabral, referindo-se à possibilidade de retorno da Festa do Divino e da Via-Sacra, caso a situação da pandemia permita.
Projeto do Museu da Pedra Fundamental – Imagens: Secretaria de Turismo
Fora dos Eixos
Desde 2020, a Secretaria de Turismo (Setur) celebra as belezas guardadas em torno do Plano Piloto com a Rota Fora dos Eixos, que abriga mais de 20 atrações, entre parques ecológicos, feiras populares, monumentos e praças, em uma viagem pelas regiões administrativas (RAs). O itinerário está disponível em versão virtual pela plataforma Google Earth.
“Durante toda a nossa gestão, trabalhamos em busca de potencializar e qualificar essas regiões com tudo que o turismo traz para alavancar o desenvolvimento econômico e cultural, e que resulte em qualidade de vida para a população, sempre seguindo as orientações do nosso governador Ibaneis Rocha, com muita seriedade e dedicação”, afirma a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.
Para incentivar ainda mais o turismo nas regiões, a Setur lançou os centros de atendimento ao turismo (CAT), presentes hoje em 11 RAs do Distrito Federal.
De olho no potencial turístico das RAs do Distrito Federal, a Agência Brasília selecionou pontos da Rota Fora dos Eixos para você visitar no período de férias. Confira abaixo.
Planaltina
Centro Histórico (Setor Tradicional Quadra 57, Praça Salviano Guimarães)
A área central conserva os centenários casarões em adobe, palha e madeira. Também abriga o Museu Histórico e Artístico de Planaltina e a Igreja São Sebastião, ambos patrimônios culturais do Distrito Federal. O museu funciona para visitação de quarta-feira a domingo, das 8h às 12h e das 14h às 18h, com entrada franca.
Ceilândia
Casa do Cantador (QNN 32, Área Especial – Ceilândia Sul)
Com projeto de Oscar Niemeyer, preserva o legado cultural do Nordeste. É palco de apresentações de cantores de repente e embolada, de exposição de culinária nordestina – a cozinha recebeu o nome de Maria Bonita – e de oficinas de música e trabalhos de inclusão digital. Os cordéis estão na Cordelteca João Melchiades Ferreira. Funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h. Nos dias de eventos noturnos, abre conforme a programação cultural.
Brazlândia
Santuário Arquidiocesano Menino Jesus (Quadra EQ 2/4)
É o maior templo católico do Centro-Oeste e o segundo maior do Brasil. Com capacidade para até 15 mil pessoas, a estrutura é composta por seis pavimentos, três torres e uma cúpula com 33 metros de altura. Conta com vitrais e uma detalhada escultura da Sagrada Família no altar.
Lago Sul
Ermida Dom Bosco e Capela Dom Bosco (SEDB)
É a primeira construção de alvenaria da cidade. A pequena capela, projetada por Oscar Niemeyer, homenageia o copadroeiro de Brasília, São João Dom Bosco. Numa área de 171,98 hectares, mantém reservas nativas de cerrado à beira da orla do Lago Paranoá, no chamado Monumento Natural Dom Bosco.
Gama
Capela São Francisco de Assis (Núcleo Rural Casa Grande)
Edificada no topo de um morro próximo ao Núcleo Rural Casa Grande, a capela, inaugurada em 2004, permite uma visão panorâmica do Planalto Central. Com arquitetura simples, é uma das mais procuradas para realizações de casamentos e batizados.
Núcleo Bandeirante
Museu Vivo da Memória Candanga (Via Epia Sul, SPMS, Lote D)
Instalado na antiga sede do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, o museu abriga uma exposição permanente que narra a história de Brasília, dos primórdios até a inauguração. O acervo reúne edificações históricas, além de objetos e fotos de época. Também estão expostas peças de artesanato e arte popular da Casa do Mestre Popular, que guarda o acervo do artista maranhense radicado em Brasília Mestre Pedro (1920-2005), e da exposição Renovação e Tradição – Novos Caminhos. Funciona de segunda a sábado, das 9h às 17h.
Samambaia
Paróquia Santa Luzia (QS 304, Samambaia Sul)
Templo pouco convencional reproduz o formato de um navio em seus mínimos detalhes. A igreja é uma metáfora da Arca de Noé. Do alto de sua torre, fiéis e visitantes podem ter uma visão privilegiada de Samambaia e das cidades vizinhas.