Analisando a história da república brasileira vê-se que, neste período compreendido entre 1.889 e 2.018, ou seja, 129 anos de história, pouco mais de 25 anos permitiu que a sociedade brasileira vivesse o que se pode chamar de democracia. Bastante observar que, no início da república só votavam os que tinham propriedade, as mulheres não tinham direito a voto e, por aí anulava-se o que poderia chamarmos de democracia, até chegarmos em 1.930 no Estado Novo. Aí sim, tivemos uma ditadura que assumiu sua figura de ditadura mesmo, apesar de criar alguns instrumentos democráticos que foram aproveitados nos anos seguintes, pós Getúlio Vargas. Falamos do voto feminino, do voto popular mesmo, etc. Mas, observemos, de 1.949 (morte de Getúlio) até chegarmos em 1.995 (eleição de JK) o país viveu um período democrático, incrementado pelo movimento do país na construção de Brasília e daí até chegarmos ao fatídico 1.964. Somando tudo, são 15 anos de democracia real. Daí somente em 1.990, sob a égide da nova constituição democrática, vamos eleger o presidente Collor. As crias da ditadura, aí inclusos os que se auto intitulam de esquerda e os da direita brasileira, começaram a exercitar a democracia cassando o presidente por ações antidemocráticas e trazendo a lume um veteranos democrata: Itamar Franco. Este por sua vez conseguiu emplacar outro afeito às nuances da democracia: FHC. Soma-se aí mais 12 anos de regime de liberdades democráticas de direito. A esquerda, necessária, assume o poder com Luiz Inácio Lula da Silva e começa a entender que, pode-se perpetuar no poder, criando mecanismos de uso da sociedade habituada a mandatário único, à ditadura. Assim, auxiliado por cidadãos e cidadãs brasileiras reelegeu-se e manteve-se no poder por 8 anos, encaminhando em seguida a senhora Dilma Roussef ao poder que, usando dos mesmos artifícios e mecanismos antidemocráticos, mantinha-se no palácio central do governo, sob a sombra de seu antecessor populista e orientada para a manutenção do mesmo grupo no governo “ad-eternum”. Se analisado sob a ótica do uso abusivo de favores do governo a empresários e a instituições populares criadas com o objetivo de manutenção do poder, o período de governo de Dilma Roussef (2.011 a 2.014 e 2.015/16) não pode ser considerado democrático, visto que, Lula conseguira desviar o curso do sistema democrático, elegera Dilma e esta já se reelegera fazendo uso de discurso totalmente mentiroso quanto às questões econômicas do país, mantendo o povo sob visível lavagem cerebral e buscando viabilizar medidas que pudessem colocar a imprensa sob seu controle. Soma-se então: 15 mais 12 mais 08 anos, chegamos ao número de 25 anos de democracia. Conclui-se que não é fácil, apesar de podermos contar com três mudanças estruturais importantes nestes 25 anos de democracia, quais sejam, a construção de Brasília e o advento do Real (moeda) que tirou o país da crise financeira e (terceira) permitiu que o governo petista tentasse uma melhor distribuição de renda. Houvera outras mudanças mais importantes do que as três mencionadas, mesmo com mais de 100 anos de ditadura? Ao meu ver, o pensamento totalitário sempre desgasta as iniciativas que vão levar o país ao nível que ele merece e ainda nos lega crises (política, moral e econômica) sempre maiores e sem precedentes para república.