MORRE O REI DO FUTEBOL

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Nasceu no interior de Minas Gerais, cidade de Três Corações em 1940, filho de um jogador de futebol (Dondinho) e de uma dona de casa  (dona Celeste, viva e com mais de 100 anos) mudou-se ainda pequeno para o interior de São Paulo, Bauru, e na adolescência (14 anos) foi levado para a cidade de Santos no litoral  paulista,  já fazendo aquilo que propusera  fazer: jogar futebol. Faleceu ontem, 28 de dezembro em São Paulo, Capital com 82 anos de idade, vítima de um câncer que o consumiu nos últimos cinco anos.

Edson Arantes do Nascimento, este o nome do garoto que ainda menino, negro, esguio, forte e esperto com a bola, recebeu o apelido de Pelé, que tornar-se-ia no maior fenômeno esportivo e midiático do mundo, feito que dificilmente será superado.

Aos dez anos de idade na Copa do Mundo de 1950, ouviu pelo rádio o Brasil perder o título para o Uruguai no Maracanã e viu seu pai chorar pela final ruim do time nacional. Contava ele que, alí prometeu ser campeão de uma Copa para seu pai e oferecer-lhe-ia o título.

Aos 15 anos em Santos, na Vila Belmiro, Pelé já estava entre os titulares do time principal e aos 16 depois de uma passagem em amistoso pelo Maracanã, onde vestiu a camisa do Vasco, do qual dizia ser torcedor, era levado, pelo brilhante desempenho para a Seleção Brasileira, a vice-campeã do mundo à época..

Aos 17 anos Pelé integrava a seleção de futebol campeã em 1968,  trazendo o primeiro título da Seleção Brasileira e assustando aos adversários europeus pela criatividade aliada à força física, habilidade e determinação, destacando-se, ainda adolescente entre os atletas do mundo. O pai recebia o cumprimento da promessa.

O Santos Futebol Clube, o Peixe, seu time, iniciava ali uma escalada de sucesso dentro do estado de São Paulo, do Brasil, da América do Sul e do mundo tornando-se campeão por anos seguidos, tendo Pelé como o maior protagonista. Apesar de sua pequena participação na Copa do Mundo de 1962, a Seleção Brasileira sagrou-se campeã. Já na Copa de 1966, a derrota foi atribuída à não participação de Pelé devido à uma contusão logo na segunda partida. Em 1970, com sua brilhante atuação e de outros jogadores, o Brasil sagrou-se tricampeão na Copa realizada no México.

A coroa na cabeça nunca o fez achar-se o “dono da bola” mas, o Negão (como companheiros de campo o chamavam) era o dono dela. “O maior de todos os tempos”, diz o mundo inteiro.

Em 1974 Pelé encerrou a carreira profissional no Brasil depois de ter o Santos como seu único time, quando recebeu convite de time norte-americano, o New York Cosmos para, em sendo o maior nome do futebol no mundo, tornar o esporte conhecido e popular no país do Tio Sam. Sua passagem foi extraordinária, mudando por completo a visão do povo norte americano sobre o futebol, além de mostrar que Pelé atraia,  se relacionava e era respeitado por todas grandes personalidades do mundo.

Estava consolidado o caminho percorrido pelo atleta  Pelé que, já era chamado de “Rei do Futebol” e alcançaria logo após o reconhecimento de “Atleta do Século”, tendo se tornado o atleta mais respeitado do mundo, o mais conhecido, o maior campeão e o mais laureado de todos os tempos.

Os feitos deste atleta que o tornaram o maior do mundo tanto dentro quanto fora de campo, como músico compositor, ator, embaixador da paz serão contados ao longo dos séculos, deixando um vazio no coração dos amantes do futebol e admiradores daqueles que representam, positivamente, a sociedade a que pertenceram.

Depois de dois dias de velório o corpo de Pelé, sobre os ombros de Cadetes, dá seus últimos passos dentro do gramado da Vila Belmiro, local onde iniciou sua incrível trajetória.

Registramos como súdito e com pesar indescritível o falecimento do maior embaixador do Brasil pelo mundo, além do atleta sem igual e estrela cadente que levou a sociedade brasileira a mostrar-se capaz e vencedora.

 

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