Rumor sobre Mantega provoca perda de R$ 39 bilhões no valor de mercado da Vale

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Especulações sobre entrada de Guido Mantega na Vale impactam negativamente a empresa, somando-se a desafios como a baixa do preço do minério de ferro e decisões judiciais.


A Vale enfrenta uma desvalorização expressiva no valor de mercado, perdendo R$ 39,3 bilhões somente no primeiro mês de 2024. O cenário foi intensificado por especulações sobre a possível entrada do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na empresa, em uma iniciativa pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No fechamento do pregão da Bolsa de Valores do Brasil (B3) em 25 de janeiro, as ações da Vale registraram uma queda de 2,2%, acumulando uma redução de 11,3% desde o início do ano, resultando em um valor de mercado de R$ 309,1 bilhões.

Além das incertezas em torno da possível nomeação de Mantega, a Vale enfrenta desafios como a baixa no preço do minério de ferro, decorrente da demanda incerta da China. A decisão judicial condenando a mineradora a pagar uma multa de R$ 47,6 bilhões por danos morais coletivos relacionados ao rompimento da barragem de Mariana (MG) em 2015 também contribui para a pressão sobre a empresa.

Desde que o nome de Guido Mantega começou a ser especulado para integrar o Conselho de Administração ou mesmo presidir a Vale, a desvalorização dos papéis se intensificou. Entre 15 e 24 de janeiro, o valor de mercado da Vale caiu R$ 14,4 bilhões, com uma leve recuperação nos dias seguintes.

Apesar da pressão do governo federal, a Vale, privatizada em 1997, não possui um controlador definido, dificultando intervenções diretas no processo sucessório. O Conselho de Administração, composto por 13 integrantes, possui representantes independentes e acionistas variados, como BlackRock e Cosan.

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