ANIVERSÁRIO E JUSTIFICATIVA

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O prefeito em meio a partidários como o vice, vereadores da base, secretários e funcionários públicos aplaudiu Planaltina pelo seu aniversário.

A história de Planaltina é cheia de episódios onde aqueles que aqui chegaram encaminham as decisões nem sempre corretas, deixando o povo nativo, conhecedor das questões urgentes da população, à margem do processo decisório.

No decorrer desta semana (13 a 19) o poder público municipal (Prefeitura e Câmara de Vereadores) desenvolve intensa programação em comemoração ao 132º Aniversário do município, que carrega sua identidade municipal goiana desde 19 de março de 1891. Isso porque Planaltina-GO perdeu sua antiga sede para o Quadrilátero Cruls, espaço onde hoje se estabeleceu o Distrito Federal a partir de 1960. Daí existir a velha ex-sede (Planaltina-DF) na região conhecida como Mestre d’Armas, nome primitivo dado ao local hoje pertencente a unidade federativa do Distrito Federal, Brasília, a Capital da República. Lá foi iniciada a saga desta cidade que, nasceu nos primórdios da década de 1960 para dar continuidade aos desígnos municipais goianos e tem sido, de lá até então, palco de aventureiros mil, que não a conhecem e por isso desrespeitam o ideário daqueles que se dedicaram à consolidação da nova e progressista Planaltina.

Dentre os nomes que devem ser reverenciados da recente história planaltinense estão: Oswaldo Vaz, o prefeito responsável pelo período conturbado da transição; Joaquim Gonçalves Sobrinho, fazendeiro e depois prefeito que acreditou na consolidação do novo e cedeu 300 alqueires de sua propriedade para a construção da nova sede e Eloy Pinto de Araújo, o prefeito que, no momento mais agudo da crise de identidade de Planaltina, consolidou a localidade da sede e resgatou o nome para manutenção da histórica goianidade. Muitos outros passaram pelo poder, mas nenhum como estes foi crucial para a continuidade do município goiano.

Hoje, o discurso personalista, sem referência histórica tenta explicar o gasto acima de 1 milhão e 300 mil reais, destacado para a realização de eventos comemorativos ao aniversário da municipalidade, enquanto que a população, ativa e festeira reclama por melhorias no asfalto, na saúde pública, na educação municipal e no transporte intermunicipal. Um contrassenso que é exposto por palco grandioso instalado na Praça Joaquim Mineiro e o contrato com artistas de destaque nacional em detrimento dos pratas da casa e do gasto nas áreas reclamadas.

O município se engalana, os munícipes irão aos festejos do 132º aniversário mas, sentem que as comemorações estão acima da realidade planaltinense e que é preciso crescimento cultural, respeito a aqueles que consolidaram à municipalidade e à sua juventude, em especial a estudantil, que será tão mais engajada na defesa do município, quanto mais os homens que o dirigem demonstrarem equilíbrio em suas ações administrativas.

‘Branco e azul é a nossa bandeira, que no mastro cerratense se agita/ É o nosso pendão altaneiro, minha alma orgulhosa palpita/ Céu azul de horizonte distante, nuvens brancas da paz existente/ Planaltina, oh, Terra querida!/ Minha vida e a alma da gente!” O trecho do poema musicado de Nio de Pádua, Joás Sousa e Rodrigo Rocha (Hino a Planaltina) bem retrata o sentimento do povo para com sua terra.

Sem dúvidas Planaltina merece os cumprimentos e reclama por festas e comemorações que não precisem justificativas. Afinal, 132 anos de luta a tornam merecedora de todo nosso respeito e afeto.

PARABÉNS, PLANALTINA!!!!

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