pONTO DE vISTA – Caiado e a direita bolsonarista

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Quem vive dentro da bolha de informações bolsonarista (e não é pouca gente) absorve informações nem sempre da melhor qualidade. Isso porque parte do próprio Jair Bolsonaro a intenção de trabalhar o lado contrário, ou seja: o negacionismo, da forma que melhor lhe aprouver. Neste aspecto basta-nos mencionar o documento do Ministério da Saúde, aonde o presidente menciona “… me chegou às mãos um relatório apontando falha na informação sobre o número de mortes por Covid-19”, dando a entender que haviam informações erradas quanto ao número de mortes. Resumindo: Tudo falácia para causar tumulto. O documento, já de sabe, foi editado dentro do próprio Palácio.

Daí, visto que bolsonaristas buscam manter sempre os possíveis concorrentes como “esquerdistas, corruptos e apátridas” resolvi chamar a atenção sobre o que significa a direita liberal brasileira tendo o governador de Goiás, Ronaldo Ramos Caiado como base.

Caiado nasceu em 1949, fará 72 anos neste mês de setembro. É originário de família ruralista e política, tendo optado por fazer medicina como profissão, formado em 1972 no Rio de Janeiro e depois feito Doutorado na França, uma opção natural da direita conservadora que, dado o Golpe Militar de 1964 levara sua família de volta ao poder através de Leolino Caiado, governador biônico de Goiás e tio de Ronaldo.

Antes de buscar eleição e partido político Ronaldo foi fundador da UDR – União Democrática Ruralista – assumindo a presidência com o intuito de combater a possível legislação esquerdista que seria produzida pela Constituinte geradora da Constituição de 1.988 e dar condições e discurso de defesa aos produtores rurais, contra o MST – Movimento dos Sem Terra – que já se organizava com o apoio e em apoio aos partidos da extrema esquerda. Ronaldo Caiado foi chamado, inclusive de “Lula da direita” devido seu discurso radical. Nesta esteira foi candidato a Presidente da República em 1990, recebendo cerca de 1% de votos, quando Fernando Collor derrotando Lula no segundo turno, chegou à presidência na crista do voto “contra os marajás” e para enfrentar a maior inflação da história brasileira. Aí Bolsonaro era eleito como deputado federal pela primeira vez.

Ronaldo Caiado entrou na política partidária sendo eleito deputado federal em 1994

” A bandeira do Brasil não é vermelha” foi a frase mais usada por Caiado naquela derrota à presidência da república, que o projetaria rumo a uma candidatura vitoriosa a deputado federal em 1994.

Foi eleito governador por uma frente ampla de partidos da dita direita liberal e já se colocou em mais de uma oportunidade, defendendo ao presidente Jair Bolsonaro.

Será que um autêntico filho das oligarquias goianas, pecuarista, médico, defensor dos direitos individuais e participante ativo do agro-negócio tem alguma coisa de comunista? Agora, ninguém pode deixar de aponta-lo como liberal progressista.

Bolsonaro e Caiado

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